PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL PODERÃO ENTRAR EM GREVE!!!

Professores não descartam greve

Publicação: 25 de Setembro de 2009 às 00:00
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Cerca de 4.700 professores da rede municipal de ensino ameaçam, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), entrar em greve a partir da próxima semana, caso a prefeitura de Natal não cumpra o acordo feito em abril, que, na ocasião, levou a interrupção de uma greve de mais de 28 dias. Na manhã da próxima terça-feira, dia 29, uma representação dos professores será recebida pelo secretário municipal de Educação, Elias Nunes, para tentar um acordo que evite uma segunda paralisação das aulas durante o ano letivo deste ano. A coordenadora do Sinte, Fátima Cardoso, disse que naquela época a prefeita Micarla de Sousa (PV) assinou um protocolo de intenções com a categoria, no qual garantiu que no segundo semestre voltaria a discutir a reposição salarial de 29% e continuaria com os estudos para a implantação do piso salarial nacional dos professores. “Já são três audiências e não obtivemos respostas, mas no dia 22 a prefeita mandou dizer que não tinha nada para este ano”, declarou Fátima Cardoso. A direção do Sinte informou que a assembleia dos professores municipais, ocorrida na noite da quarta-feira, dia 23, “foi muito tensa” e os professores só não entraram em greve de imediato, porque o Sindicato convenceu a categoria de que antes da deflagração do movimento, o secretário Elias Nunes, devia ser informado antecipadamente da intenção dos professores em paralisar as aulas na rede pública de ensino. “Se fosse pela categoria parava logo”, continuou ela, lembrando que havia o compromisso da prefeitura de adequar o piso nacional de salários, no valor de R$ 950,00, a jornada de 20 horas/aula. Outro coordenador do Sinte, José Rômulo Arnaud Amâncio, disse que os professores, dependendo do resultado da reunião com o secretário, param logo na tarde do dia 29, quando será realizada outra assembleia da categoria, depois da concentração matutina feita em frente à sede da SME, na rua João Pessoa, Centro, onde funcionou o antigo Hotel Ducal. Outra discussão importante, segundo Amâncio, é a questão da avaliação do desempenho, porque os critérios estipulados pela prefeitura não estão dando resultados satisfatórios para a categoria. “De 1.800 professores que deram entrada na mudança de letras, a metade não conseguiu mudar”, disse ele, porque o sistema “não considera a estrutura da educação como um todo”. Ele também lembra que os professores reivindicam a formação de uma comissão permanente paritária, porque atualmente, a maioria dos seus integrantes faz parte do governo municipal: “É uma discussão desigual e a comissão quase não se reúne”. Amâncio também se preocupa com a questão do atraso do calendário escolar, porque as aulas que não foram dadas durante a greve de abril, estão sendo respostas “de acordo com o calendário de cada escola”. As aulas, continuou, são dadas aos sábados e se houver nova paralisação das aulas, pode ocorrer do ano letivo ser prorrogado até o fim de dezembro.
*Fonte:www.tribunadonorte.com.br

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