Parabéns NATAL!!! 410 Anos!!!
A história da Capitania do Rio Grande do Norte, teve início a partir de 1535 com a chegada de uma frota comandada por Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal com o objetivo de colonizar as terras da região, porém impedida de fazê-lo pela forte resistência dos índios potiguares e piratas franceses, traficantes de pau-brasil. Estava iniciada a trajetória histórica da área situada na esquina da América do Sul. No dia 25 de dezembro de 1597, sessenta e dois anos após a frustada tentativa de Aires da Cunha, uma esquadra comandada pelo Almirante Antônio da Costa Valente e integrada por Francisco de Barros Rego, Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, entrava na barra do rio Potengi, e com essa entrada histórica teve início a povoação em toda área.
A primeira providência da expedição foi tomar precauções contra o ataque invasor, e, doze dias depois da chagada, no dia 6 de janeiro de 1598, começaram a construção de um forte sobre os arrecifes situados nas redondezas da chamada Boca da Barra, que foi chamado de "Reis Magos", por sua construção ter sido iniciada no dia consagrado aos Santos Reis. O forte foi concluído no dia 24 de junho do mesmo ano e nas circunvizinhanças, logo, se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis, numa clara referência à edificação que lhe deu origem. Tempo depois o povoado mudou de nome, passando a se chamar Cidade do Natal. Para alguns escritores o nome Natal é explicado em duas versões: a primeira refere-se ao dia em que a esquadra penetrou na barra do Potengi e a segunda tem ligação direta com a data da demarcação do sítio primitivo da cidade, realizada por Jerônimo de Albuquerque, no dia 25 de dezembro de 1599.
Com a presença holandesa na região, a vida da cidade que começava a evoluir foi inteiramente mudada, e, no período de 1633 a 1654, ainda sob o domínio holandes, o Forte dos Reis passou a se chamar de Forte de Keulen e a Cidade do Natal, Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a vida da cidade voltou à normalidade, mas seu crescimento foi acentuadamente lento e gradual, nos primeiros séculos de sua existência. Segundo o historiador Câmara Cascudo, no livro História da Cidade do Natal, em 31 de dezembro de 1805, Natal tinha 6.393 habitantes, e no último ano do século XIX, a cidade já tinha uma população de 16.056 pessoas.
Somente a partir de 1922, a cidade começou a se desenvolver em ritmo mais acelerado. As primeiras atividades urbanas tiveram início no bairro da Ribeira, situado na parte baixa da cidade, próximo a foz do rio Potengi, expandindo-se em direção ao centro, atual bairro da Cidade Alta. Na década de quarenta, a deficiente estrutura física da cidade, provocou o adensamento das áreas urbanizadas, sobrecarregando-as de novos logradouros, notadamente no bairro do Alecrim.
Pela sua privilegiada posição geográfica, localizada no litoral nordestino, na chamada esquina do continente ou esquina do Atlântico, Natal foi favorecida pelo advento da Segunda Guerra Mundial. A cidade cresceu e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e aliados, consumindo-se o seu progresso com a construção das bases aérea e naval, local de onde as tropas partiam para o patrulhamento e para a batalha, na defesa do atlântico sul e na realização das campanhas militares no norte da África; fatos esses que lhe valeram o cognome de Trampolim da Vitória.
Fonte: Idema-RN
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