Mestre CORNÉLIO CARPINA - NOMES DO RN
Em 1954, o Mestre formou um grupo de dança com pessoas do bairro das Rocas, com o nome de Araruna Sociedade de Danças Antigas e Semi-Desaparecidas, única no Rio Grande do Norte com estatuto e sede própria; localizada na rua Miramar.
A Araruna nasceu a partir das tradicionais danças aristocráticas de salão, de origem européia, da valorização dos costumes da vida palaciana. Tudo ao estilo das danças aristocráticas brasileiras do século XIX. Mas, acabou misturando estilo de dança erudita como: a valsa, a polca, o xote, a mazurca (herança do colonizador português) e do estilo popular de caráter folclórico como: a dança do caranguejo, o bode, o besouro, a araruna.
Tudo acompanhado de sanfona e vários outros instrumentos. Os dançarinos não cantam. Os cavalheiros usam casaca e cartola. As damas, longos vestidos de saia rodada. O nome Araruna vem de um pássaro preto originário do Pará, que ao cantar pula de galho em galho executando uma espécie de bailado. A dança Araruna, assim como as demais apresentadas pelo Grupo foi também objeto de pesquisa do folclorista Deífilo Gurgel, que declarou ao Diário de Natal: “O universo coreográfico do Rio Grande do Norte e dos outros estados brasileiros se divide em dois tipos: as danças folclóricas puras (no caso da Araruna e as outras danças apresentadas pelo Grupo) e o universo dos autos populares, com partes mais dramáticas, como é o caso do Boi, da Chegança, os Congos e Fandangos. No caso do Araruna, as danças estão divididas em duas características distintas, têm as mais clássicas, como é o caso da valsa, da polca e do xote e tem aquelas com nomes de pessoas e bichos, como as danças do Caranguejo, Besouro, Camaleão e Maria Rita, que são tipicamente folclóricas”.
Sobre a indumentária de casaca e cartola para os homens e vestidos longos para as mulheres, Deífilo Gurgel acredita que foi o próprio Grupo quem decidiu por esse fardamento mais clássico. “Eu não cheguei a presenciar essa época, mas sei que como eles se apresentavam em festas de São João na Roça, provavelmente a indumentária era caipira. Mas, depois quando organizaram o Grupo Araruna, eles decidiram por uma vestimenta mais clássica, da nobreza do século XIX, que tinha aquelas casacas e cartolas”, explicou o folclorista.
Na opinião do Deífilo, o Grupo Araruna é genuinamente potiguar. “Se existir algum outro Araruna no Brasil é imitação do nosso. Eu sei que existem danças de pares no Rio Grande do Sul. Agora, são pára-folclóricas já que são dançadas por universitários, estudantes. O nosso grupo é gente do povo, é cambista, marceneiro, pescador, profissões humildes. Alguns deles, inclusive, no começo até analfabetos eram, o que caracteriza um folclore autêntico”, disse.
* No dia 13 de agosto de 2008, aos 99 anos, morre de parada cardíaca o Mestre Cornélio Carpina, perda lastimável para todos norteriograndenses, nesta foto de Arminstrong Stúdio, foi feita em frente ao Memorial Câmara Cascudo no dia do folclore de 2004, recordar é viver..., ser fotografado ao lado do mestre, foi uma emoção indescritível e ainda participei das danças com o grupo Araruna em frrente ao Memorial, ficou na história pra mim e para completar à noite no Zás Traz(Hanna Sfaiel e familia), foi lançado o primeiro site de Turismo Pedagógico, Cultural e Religioso em companhia de minha familia, amigos de diversos estabelecimentos de Ensino de Natal e membros da família do Grande Folclorista, Luís da Câmara Cascudo, tendo Anna Maria Cascudo Barreto como madrinha da JOAQUIMTUR, sem dúvida foi um DIA ESPECIAL , Joaquim Jr.
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