JOAQUIMTUR HOMENAGEA ARIANO SUASSUNA

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, é um defensor da cultura do Nordeste. Biografia Ariano nasceu na Cidade da Paraiba (hoje João Pessoa), capital da Paraíba (Parahyba em ortografia arcaica), filho de Rita de Cássia Vilar e João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna (1886-1930) que cumpria o mandato de presidente do Estado (atualmente equivale ao cargo de governador). Este dia era dia de Corpus Christi, o que acabou por ocasionar a parada de uma procissão que parecia ocorrer devido ao dia de seu nascimento na frente do palácio do governo do Estado. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba. Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri Paraibano.[1] Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai. De 1933 a 1937, Ariano ainda em Taperoá, fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."[2] Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo do Império Serrano, no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista. Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[3] Estudos Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.) De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.[4] Ariano Suassuna estreou seus grandes e dons literários gracas ao seu filho Roger Suassuna precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife. Advocacia e teatro Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961. Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro. Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema. Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira". Ariano acredita que: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial." Movimento Armorial Para maiores informações acesse o artigo completo sobre o Movimento Armorial. Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões. Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.[5] Academia Pernambucana de Letras Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense. Academia Brasileira de Letras Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo. Academia Paraibana de Letras Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira. Obras selecionadas • Uma mulher vestida de Sol, (1947); • Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); • Os homens de barro, (1949); • Auto de João da Cruz, (1950); • Torturas de um coração, (1951); • O arco desolado, (1952); • O castigo da soberba, (1953); • O Rico Avarento, (1954) • Auto da Compadecida, (1955); • O casamento suspeitoso, (1957); • O santo e a porca, (1957); • O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958); • A pena e a lei, (1959); • Farsa da boa preguiça, (1960); • A Caseira e a Catarina, (1962); • As conchambranças de Quaderna, (1987); • Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994"; Romance • A História de amor de Fernando e Isaura, (1956) • O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971). • História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976). Poesia • O pasto incendiado, (1945-1970) • Ode, (1955) • Sonetos com mote alheio, (1980) • Sonetos de Albano Cervonegro, (1985) • Poemas (antologia), (1999) Referências 1. ↑ http://www.rioscenarium.com.br/noticias.aspx?idNoticia=31 2. ↑ Biografia em www.biblio.com.br 3. ↑ Ariano Suassuna recebe título de Doutor Honoris Causa da UFC http://www.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=9995&Itemid=90 4. ↑ Aragão, G.(2004).Literatura e Religião na Obra de Ariano. Palestra na Semana Teológica da UNICAP 5. ↑ http://www.agecom.ba.gov.br/exibe_noticia.asp?cod_noticia=792 Ligações externas • Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (em português) • Entrevista com Ariano Suassuna • Número especial Ariano Suassuna 80 anos - Revista Plural Pluriel (França) *Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ariano_Suassuna

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